O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Antonio Barra Torres, disse nesta quarta-feira 16 que o órgão recebeu, até o início desta semana, 458 ameaças ou críticas à aprovação da vacinação infantil contra a Covid-19.
“Nas primeiras 48 horas após a aprovação das vacinas, o número de ameaças por e-mail — e-mails intimidadores, termos agressivos —, ultrapassou 124, para ser preciso. Ou seja, saltamos de três antes da reunião para 124″, afirmou em reunião da Comissão de Direitos Humanos do Senado.
Esse número cresceu e chegou a 458 na última segunda-feira 14.
“Quando chegamos à data de aprovação das vacinas, eu tive o cuidado de, na véspera, solicitar uma audiência com o diretor-geral da Polícia Federal, onde pontuei: ‘Está para acontecer a reunião que poderá ser foco de ações criminosas'”, completou o contra-almirante.
Depois de a Anvisa autorizar a imunização de crianças, o presidente Jair Bolsonaro disse que poderia expor os nomes dos servidores do órgão e classificou a decisão de “inacreditável”. Também repetiu que não imunizaria a filha de 11 anos e tornou a se referir à vacina como “experimental” – uma mentira.
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