O ministro licenciado da Cidadania, João Roma, afirmou nesta terça-feira 16 que “não está no elenco” do governo a utilização da PEC dos Precatórios para bancar o aumento salarial de servidores públicos federais. A declaração contraria o que disse mais cedo o presidente Jair Bolsonaro.
“Isso não está no nosso elenco. O recurso dessa PEC está sendo destinado à área social do governo. Ela estabelece justamente o pagamento de 400 reais – mínimo – para cada beneficiário do Auxílio Brasil”, disse Roma a jornalistas.
Também nesta terça, Bolsonaro declarou em Manama, no Bahrein, que o governo reajustará os salários de todos os servidores públicos federais no ano que vem, caso o Senado aprove a PEC.
“A inflação chegou a dois dígitos, então conversei com Paulo Guedes. Em passando a PEC dos Precatórios, tem que ter um pequeno espaço para dar algum reajuste. Não é o que eles merecem, mas é o que nós podemos dar. A todos os servidores federais, sem exceção”, afirmou o ex-capitão.
O relator-geral do Orçamento 2022, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), também contradisse Bolsonaro.
“Não sei de onde ele tirou isso. Não está no nosso cálculo. Particularmente em nenhum momento foi trabalhado isso”, afirmou o parlamentar ao jornal O Estado de S.Paulo. “Eu não trabalhei com esse cálculo.”
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