CartaExpressa
Após repercussão negativa, Tarcísio recua e diz que vai oferecer material didático impresso em São Paulo
A Secretaria de Educação do Estado ainda não confirmou se voltará a ofertar os livros didáticos físicos do MEC ou somente o material próprio
O governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), recuou neste domingo 6, da decisão de ofertar apenas material didático 100% digital nas 7.583 escolas estaduais de São Paulo.
Em agenda no interior, Freitas afirmou que o estado irá disponibilizar o material didático de forma impressa e digital, ficando a critério do aluno escolher. A nova escolha afeta 2,7 milhões de alunos do Ensino Fundamental II e Médio do estado.
No entanto, ainda não está confirmado se a capital paulista vai voltar a receber os livros didáticos físicos do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), do Ministério da Educação (MEC), ou somente a versão da própria secretária. A informação foi adiantada pela CNN.
A Secretaria de Educação afirmou que vai divulgar os detalhes sobre a nova logística nesta segunda-feira 7.
Após o anúncio que o governo recusaria quase 10 milhões de livros didáticos gratuitos através do PNLD, para ofertar material digital próprio, “alinhado ao currículo” paulista, o Ministério Público de São Paulo instaurou um procedimento para apurar a decisão, depois da solicitação realizada pelo deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL).
O Ministério da Educação afirmou, em nota, que a “permanência no programa é voluntária, de acordo com a legislação”.
Após a repercussão do assunto, Tarcísio argumentou que houve má comunicação sobre o plano e que as duas opções vão estar disponíveis.
Relacionadas
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.