‘Andar devagar, mas consistemente’: por que ministros do STF votam por liberar o porte apenas de maconha

A corte chegou a quatro votos pela descriminalização do porte da droga para consumo pessoal

Foto: Carlos Moura/SCO/STF

Apoie Siga-nos no

O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal, decidiu ajustar seu voto no julgamento sobre a descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal.

Inicialmente, ele havia votado por estender essa descriminalização para o uso pessoal de todas as drogas, mas restringiu sua tese em busca de um consenso. Assim, há quatro votos por aplicar o entendimento à maconha.

“Confesso que gostava mais da outra tese, mas também acho que todos nós temos de caminhar para um consenso”, disse nesta quinta a presidente do STF, Rosa Weber, após a mudança de voto de Gilmar.

Na sequência, Luís Roberto Barroso, outro ministro a votar pela descriminalização no caso da maconha, disse ter se limitado a essa droga devido ao caso concreto, “embora a lógica seja a mesma”.

“Como é um assunto muito delicado, me pareceu que andar devagar mas consistentemente seria melhor do que ousarmos, talvez, além do que a sociedade pudesse compreender“, justificou Barroso. “Mas concordo com o ministro Gilmar e com vossa excelência [Rosa Weber] de que a lógica é a mesma. Apenas estamos dosando para avançar com a velocidade possível.”

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.