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Allan dos Santos tratou estagiária do STF como informante, indicam mensagens
Blogueiro bolsonarista teve contato com funcionária do gabinete do ministro Ricardo Lewandowski, revela jornal
O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos teve contanto com uma estagiária do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, e a tratou como informante.
A informação é do jornal Folha de S.Paulo, que teve acesso à quebra de sigilo telefônico que consta de relatório da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal.
Allan é investigado em dois inquéritos no STF, um para apurar disseminação de fake news e outro para identificar quem financia essas ações e os atos antidemocráticos.
De acordo com a publicação, o documento traz diálogos entre o blogueiro e Tatiana Garcia Bressan, que estagiou no gabinete de Lewandowski de 19 de julho de 2017 a 20 de janeiro de 2019.
Em uma das conversas, Tatiana diz a Allan que tem interesse em trabalhar na equipe da deputada Bia Kicis (PSL-DF). “Fique como nossa informante lá [no gabinete]”, teria respondido o bolsonarista. “Será uma honra. Estou lá kkk”, disse a estagiária.
Em outro diálogo, Allan pergunta o que de mais espantoso Tatiana vê no gabinete. “O que vi de mais espantoso é que realmente eles decidem o que querem e como querem. Algumas decisões são modificadas porque alguém importante liga pro ministro”, afirmou Tatiana.
A ‘informante’ também disse uma fake news. Segundo os diálogos, ela afirma que Lewandowski iria soltar Lula.
“Tem uma coisa Allan, mas acho q vc ja sabe… tenho pra mim q quem soltará o Lula será o Lewandowski porque com a última decisão nos autos da reclamação q a defesa ajuizou em nome do próprio lula, pedindo q ele pudesse conceder entrevista p/ quem quisesse)….. como esse decisão foi a primeira envolvendo a execução da pena do lula, tornou o Lewa prevento para futuras decisões envolvendo a execução da pena dele”, escreveu.
Não foi o que aconteceu. O ex-presidente Lula acabou solto apenas em novembro de 2019, quando o plenário STF proibiu a prisão imediatamente após a condenação em segunda instância.
Ao jornal, Tatiana declarou que entrou em contato o blogueiro porque queria um emprego com a deputada Bia Kicis.
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