O presidente do Superior Tribunal Militar, Joseli Camelo, afirmou que o caso a envolver o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), “não tem nada a ver” com a Justiça Militar.
Cid foi preso na semana passada durante uma operação da Polícia Federal contra supostas adulterações em carteiras de vacinação, incluindo a do ex-presidente. Agentes também apreenderam 35 mil dólares e 16 mil reais em dinheiro vivo na casa do militar, em Brasília. A acusação é de que ele faz parte de uma organização criminosa que fraudava certificados de imunização para driblar legislações do Brasil e dos Estados Unidos.
“O crime de que ele é acusado não tem nada a ver com a administração militar nem com a função militar em si. Você falsificar uma carteira de vacinação não é um crime militar”, disse Camelo ao jornal O Globo. “O crime militar acontece quando é contra a administração, o patrimônio ou a vida militar. Esse caso não se insere nessas hipóteses e não há uma transgressão disciplinar prevista no regulamento. Não somos nós que vamos julgar. A bola está com a Justiça comum.”
Bolsonaro deve prestar depoimento à Polícia Federal na próxima terça-feira 16 no inquérito que mira o esquema de falsificação de dados sobre vacinação. Ele foi intimado a depor na semana passada, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão em sua residência em Brasília. Na ocasião, a defesa do ex-capitão disse que ele só forneceria esclarecimentos após a liberação do acesso aos autos.
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