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A ciência sobreviveu ao negacionismo de Bolsonaro, diz Ricardo Galvão ao assumir o CNPq
‘No dia de hoje viramos essa página triste de nossa história’, afirmou o pesquisador
O pesquisador Ricardo Galvão tomou posse nesta terça-feira 17 como presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O órgão é responsável pelo financiamento de bolsas de pesquisa de graduação e pós-graduação.
Em seu primeiro discurso à frente do CNPq, Galvão fez críticas ao que chamou de “negacionismo” de Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que a ciência resistiu ao retrocesso.
“Nossa ciência sobreviveu ao cataclismo político, promovido por um governo negacionista, que empreendeu um verdadeiro desmonte das políticas públicas em diversas áreas”, pontuou. “No dia de hoje viramos essa página triste de nossa história com a convicção de que a ciência voltará a promover grandes avanços para a nossa sociedade.”
Professor de Física da Universidade de São Paulo, Galvão presidiu o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais entre 2016 e 2019, quando foi demitido por Bolsonaro sob a acusação de que o órgão estaria mentindo sobre os dados de desmatamento na Amazônia.
Ele é formado em Engenharia de Telecomunicações pela Universidade Federal Fluminense e foi apontado em 2019 como uma das dez pessoas mais importantes para a ciência segundo a revista Nature.
O anúncio de sua chegada ao CNPq ocorreu na manhã desta terça pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
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