CartaCapital
Rio 40 graus
Debelar a crise de segurança exige o combate à aliança entre as bandas podres da polícia e da política
O País assistiu atônito a mais um capítulo da crise de segurança pública no Rio de Janeiro. Desta vez, um grupo miliciano, em resposta à morte de um dos seus asseclas, perpetrou o terror na Zona Oeste da cidade, incendiando 35 ônibus. Há algo novo no episódio ou trata-se apenas de mais um capítulo de um enredo conhecido? Há solução para o Rio de Janeiro?
Ainda que as narcomilícias, no centro da crise atual, constituam um fenômeno relativamente novo, já que apenas de alguns anos para cá milicianos e traficantes de drogas estão juntos e misturados, a aliança da banda podre da polícia com a banda podre da política é uma novela antiga, que se adapta aos tempos e é a fonte dos principais problemas de segurança pública no estado. Desde fins dos anos 1960 tivemos como exemplo os chamados esquadrões da morte, grupos de extermínio, polícia mineira e, mais recentemente, a partir dos anos 2000, as milícias. Nem os atos terroristas são novidade, como nos lembra a Chacina da Baixada, quando policiais militares cometeram aleatoriamente 29 assassinatos nas ruas de Nova Iguaçu e Queimados, em 2005.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.