CartaCapital
Policial agride estudante com arma em escola de Guarulhos
Alunos faziam manifestação pedindo melhorias para a unidade e a saída do diretor, que tem impedido os jovens de entrarem atrasados


Um protesto de estudantes na escola estadual Professor Frederico Brotero, em Guarulhos, acabou em confusão na noite da quinta-feira 4. A direção da escola teria chamado a polícia para acabar com a manifestação.
Um dos policiais que estava no local foi filmado apontando uma arma em direção aos alunos e depois empurrando uma jovem com o cano da arma. Dois estudantes de 16 anos foram detidos e encaminhados à Vara da Infância e Juventude.
Os alunos do turno noturno se reuniram para reivindicar melhorias para o colégio e a destituição do atual diretor, que desde o início do ano impede os alunos de entrarem na segunda aula. A maioria, além de estudar, trabalha e tem dificuldades de chegar no horário.
Segundo a PM informou no boletim de ocorrência, o chamado foi feito pelo diretor, que pediu apoio para defender sua integridade física por estar sendo ameaçado. Em janeiro, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), autorizou todas as equipes de radiopatrulha da Polícia Militar do estado a usar espingardas calibre 12 no atendimento às chamadas do 190.
Até então, a Polícia Militar podia usar essas espingardas somente nas operações noturnas por terem alto potencial de letalidade. A Secretaria de Educação do Estado informou que “vai apurar o episódio em Guarulhos e colaborar com polícia para esclarecer o fato”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.