CartaCapital
Neymar/ Náufrago da bola
Passageiros do cruzeiro “Ney em Alto-Mar” entraram pelo cano
A promessa dos organizadores do cruzeiro era oferecer “72 horas de ousadia e alegria a bordo com um dos maiores ídolos do futebol”, mas a aventura marítima com Neymar, atacante do clube saudita Al-Hilal e da Seleção Brasileira, coleciona reclamações de passageiros: goteiras no navio, festas impróprias para menores, fãs esnobados, comida ruim e denúncias de assédio.
Para desfrutar o cruzeiro “Ney em Alto-Mar” era preciso desembolsar ao menos 4,7 mil reais, o preço da cabine mais barata – interna, quádrupla e sem janelas. Opções menos claustrofóbicas foram vendidas por até 30 mil reais. Apesar do preço salgado, o café da manhã deixava a desejar até mesmo na comparação com pousadas populares. “Estou comendo pão com manteiga e café com leite”, lamentou a empresária da moda Vannini, que também se incomodou com a presença de crianças nas permissivas festas do navio. “Deveria ter sido estabelecido limite de idade para a venda das cabines, tipo hotel adults only”, sugeriu a passageira, a bordo com o filho pequeno.
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