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Maia escala Freixo e Paulo Teixeira para analisar pacote anticrime

Tramitação do projeto é o pivô da troca de farpas entre o presidente da Câmara e Sérgio Moro

Bolsonaro entre a PEC da Previdência ao presidente da Câmara: sem vida fácil no Congresso
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Em meio à crise aberta entre Rodrigo Maia e Sérgio Moro, o presidente da Câmara indicou Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e Paulo Teixeira (PT-SP) para participar do grupo de trabalho que vai analisar o pacote anticrime, grande aposta do ex-juiz à frente do Ministério da Justiça. A novidade foi confirmada por Freixo a CartaCapital.

A decisão foi formalizada na quarta-feira 20, e o psolista já participou da primeira reunião. “Quero que esse grupo seja o lugar para ouvirmos a sociedade civil sobre o pacote do Moro. Tenho muita experiência na área, e eles reconhecem isso” diz. Tanto ele quanto Teixeira são críticos notórios do projeto e, na prática, devem desacelerar a tramitação.

A relatoria ficou com o Capitão Augusto (PR-SP), membro da bancada da bala. A pesselista Carla Zambelli completa o time.

Os conflitos entre Maia e Moro

O pacote anticrime é alvo de rusgas públicas entre Moro e Maia. O motivo é a pressa do ministro em aprovar junto ao Congresso o pacote anticrime, sugerindo que ele tramite junto com a Reforma da Previdência. Maia não gostou da pressão e, em entrevistas sobre o caso, o chamou de “funcionário de Bolsonaro”, além de dizer que seu projeto era um “copia e cola” de uma proposta de Alexandre de Moraes que já tramita na Câmara. Maia sugeriu, inclusive, que todos os projetos similares sejam agrupados.

Leia também: "Pacote de Moro radicaliza a política criminal", diz especialista

Na tréplica — um áudio enviado na noite da quarta-feira 20 pela assessoria do Ministério da Justiça e Segurança Pública aos jornalistas — Moro sugeriu que há no Congresso quem ache “que o combate ao crime possa ser postergado indefinidamente”.

Na manhã desta quinta-feira 21, o sogro de Maia, o ex-ministro Moreira Franco, foi preso junto com Michel Temer. Nos corredores do Congresso, muitos deputados acham que não haverá clima para votar a Reforma da Previdência, e que a prisão — cujo mandado foi expedido na última terça-feira 19 — é o verdadeiro pivô da briga entre Moro e Maia.

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