CartaCapital
Lula tem nosso apoio incondicional, mas louvamos quem abre o coração e a mente
Requião e os irmãos Gomes, ao dizer o que pensam, são personagens raras no palco da política nativa
Se eu votasse no Paraná, sem a mais pálida sombra de dúvida votaria em Roberto Requião. Ele acaba de dizer que pretende se candidatar novamente a governador de seu estado e deve ter ótimas razões para tanto. Diz algo mais ao revelar a intenção de filiar-se ao PT. Fosse eu do Partido dos Trabalhadores, e nele tivesse alguma influência, receberia Requião de braços abertos. É uma figura política sem mancha e sem medo. Diga-se que mais de uma vez o encontrei às portas da delegacia da PF de Curitiba, onde os notórios facínoras Sergio Moro e Deltan Dallagnol decidiram aprisionar o ex-presidente Lula.
Requião é uma dessas personalidades que não temem dizer o que pensam, e o que pensam tem peso. Declarar a sua adesão ao PT significa, se ainda houvesse incertezas, que ele vai depositar o seu valioso voto a favor de Lula, o único capaz de nos livrar de Jair Bolsonaro e do seu bolsonarismo. Em um país como o Brasil, onde abundam personagens melífluos na hora de dizer a que vêm, Requião é uma exceção. A coragem de expor sem disfarces a própria opinião, custe o que custar, é de fato qualidade extraordinária.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
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