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A Semana: 8 de Janeiro, o ouro do golpe

Garimpo ilegal financiou quebradeira em Brasília, diz Abin

Golpismo com dinheiro sujo – Imagem: Marcelo Camargo/ABR
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Relatório da Agência Brasileira de Inteligência de março aponta a ligação entre a invasão da ­Praça dos Três Poderes em ­Brasília e o garimpo ilegal. Empresários donos de maquinário em área de proteção ambiental no Pará estão por trás do financiamento dos protestos de 8 de janeiro. Os agentes citam especialmente dois garimpeiros, Roberto Katsuda e Enric Lauriano, cujos vínculos políticos se estendem ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Katsuda é diretor da Cooperativa Mista de Mineradores do Alto Tapajós, que fez intenso lobby pela liberação de garimpo em terras indígenas. Em requerimento ao Conselho de Controle das Atividades Financeiras sobre a movimentação da cooperativa, a deputada Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, relatora da CPI dos Atos Golpistas, descreve: “Roberto Katsuda também seria responsável pelo financiamento de cooperativas garimpeiras na região. Segundo ele, foi a Hyundai que financiou os maquinários agrícolas em Itaituba. Em 2018, o montante financiado foi em torno de 220 milhões de reais”. Lauriano, por sua vez, é acusado de bancar manifestações no Pará e em Brasília para contestar o resultado das eleições e de estar presente nos atos golpistas de 8 de janeiro. Um terceiro empresário, Ricardo Pereira Cunha, aparece no relatório. O proprietário da RP Cunha e da Mineração Carajás teria organizado via PIX apoio financeiro aos atos. Os três citados integram o grupo Direita Xinguara, entusiasta da campanha a favor de Bolsonaro na região.

Intimidação na Paraíba

Indicado pelo governo anterior, o atual reitor da Universidade Federal da Paraíba, Valdiney Veloso Gouveia, é acusado de perseguir alunos, professores e servidores críticos de sua gestão. Segundo relatos na mídia, estudantes e docentes foram convocados a depor na Polícia Federal por supostamente cometer crimes contra a honra e dirigir ameaças ao reitor. Gouveia é chamado de “interventor” pela comunidade acadêmica.

Roraima/ Compra de votos

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