Justiça

PGR vira obstáculo para Lira em queixa-crime contra Renan no STF

O senador disse à Corte não ter interesse em uma audiência de conciliação com o adversário

PGR vira obstáculo para Lira em queixa-crime contra Renan no STF
PGR vira obstáculo para Lira em queixa-crime contra Renan no STF
Arthur Lira e Renan Calheiros. Fotos: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil e Marcelo Camargo/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, recomendou ao Supremo Tribunal Federal a rejeição de uma queixa-crime movida pelo deputado federal Arthur Lira (PP-AL) contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL). São adversários de longa data em Alagoas, com disputas frequentes também na Justiça.

Em maio, Renan disse ao STF não ter interesse em uma audiência de conciliação com o oponente para encerrar o caso. Diante disso, o relator do caso, André Mendonça, mandou a PGR se pronunciar sobre o recebimento ou não da queixa.

Para Gonet, o exercício da atividade parlamentar não se limita ao Congresso Nacional. Assim, a imunidade também protege manifestações fora do Parlamento, “desde que haja nexo entre as declarações e a prática inerente ao ofício congressional, como no caso”.

O processo começou em julho de 2023, na Justiça Federal do Distrito Federal. Por envolver parlamentares, chegou ao STF meses depois. A PGR chegou a cogitar a possibilidade de um acordo.

A ação envolve diversas declarações de Renan contra Lira. Em uma das ocasiões, o senador disse que o ex-presidente da Câmara “privatizou a prefeitura de Maceió”, “se beneficiou diretamente do orçamento secreto” e “usou muitas prefeituras, infelizmente, para lavar dinheiro”. Lira foi à Justiça sob o argumento de ser alvo de calúnia, difamação e injúria.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo