Justiça

Homem que sentou na cadeira de Moraes no 8 de Janeiro pode pegar 17 anos de prisão

Até a manhã deste domingo, apenas o relator havia votado no julgamento de Fábio Alexandre de Oliveira

Homem que sentou na cadeira de Moraes no 8 de Janeiro pode pegar 17 anos de prisão
Homem que sentou na cadeira de Moraes no 8 de Janeiro pode pegar 17 anos de prisão
O bolsonarista Fábio Alexandre de Oliveira, preso pela PF por participação no 8 de Janeiro. Foto: Reprodução/Redes Sociais
Apoie Siga-nos no

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes votou por condenar o mecânico Fábio Alexandre de Oliveira a 17 anos de prisão por envolvimento nos atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023. Em imagens dos ataques, o réu aparece sentado na cadeira do magistrado.

Em um vídeo publicado nas redes sociais logo após a depredação das sedes dos Três Poderes, Fábio diz, entre palavrões: “Cadeira do Xandão aqui, ó! Aqui ó, vagabundo! Aqui é o povo que manda”.

A Procuradoria-Geral da República enfatizou na denúncia que o réu utilizou luvas a fim de dificultar sua identificação, além de proteção contra gases sobre suas pernas, o que evidenciaria a preparação para condutas que poderiam resultar em confronto com as forças de segurança.

O julgamento ocorre no plenário virtual da Primeira Turma do STF e terminará em 5 de agosto, após o recesso do Judiciário. Restam os votos dos ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

“É extremamente grave a conduta de participar da operacionalização de concerto criminoso voltado a aniquilar os pilares essenciais do Estado Democrático de Direito, mediante violência e danos gravíssimos ao patrimônio público”, escreveu Moraes em seu voto.

O relator propôs a condenação do bolsonarista pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo