Justiça

STJ arquiva inusitado pedido para prender Vladimir Putin

Autor chegou a reclamar ao STF contra a rejeição do habeas corpus

STJ arquiva inusitado pedido para prender Vladimir Putin
STJ arquiva inusitado pedido para prender Vladimir Putin
Presidente russo, Vladimir Putin, durante as celebrações dos 80 anos da vitória soviética sobre os nazistas – Foto: Gavriil Grigorov / Pool / AFP
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O Superior Tribunal de Justiça arquivou um habeas corpus que pedia à Corte o cumprimento de um mandado de prisão contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, com base em uma ordem emitida pelo Tribunal Penal Internacional.

O autor da solicitação ao STJ alegava que o Brasil, como signatário do Estatuto de Roma, estaria obrigado a cumprir o mandado caso Putin estivesse em território nacional.

O presidente do STJ, Herman Benjamin, negou o pedido em 14 de novembro de 2024, referindo-se ao HC como “inusitado e desprovido de fundamentação adequada”.

O autor contestou a liminar e chegou a acionar o Supremo Tribunal Federal, que determinou a declaração de trânsito em julgado — ou seja, o fim do processo, sem a possibilidade de novos recursos.

Em 7 de maio, por fim, o vice-presidente do STJ, Luis Felipe Salomão, ordenou o arquivamento do caso. “Configurado o exaurimento da prestação jurisdicional, nada mais há que se possa apreciar”, escreveu.

O TPI emitiu o mandado de prisão contra Putin em março de 2023 por suposta deportação ilegal de crianças ucranianas em meio à guerra no leste europeu. Na última quarta-feira 25, a diplomacia russa confirmou que o presidente não participará presencialmente da cúpula do Brics marcada para 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro.

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