Justiça
PF mira grupo que fraudava sistemas do CNJ para soltar criminosos
Grupo atuava para antecipar progressão de pena de criminosos de alta periculosidade


Uma operação da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira 13 mira um grupo criminoso que acessou de forma fraudulenta sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inserir documentos falsos e antecipar a soltura de pessoas condenadas.
O próprio CNJ identificou rapidamente as alterações indevidas e acionou a PF. O grupo alterava datas de progressão de regime de alguns condenados, acelerando, de forma fraudulenta, a mudança do regime fechado para o semiaberto. Os envolvidos, então, rompiam as tornozeleiras eletrônicas e se tornavam foragidos.
Foram identificadas fraudes relativas a 15 processos, mas é possível que haja outros. A PF informou que alguns dos envolvidos eram presos condenados a mais de 60 anos, incluindo integrantes de facções criminosas.
Os agentes da PF cumpriram oito mandados de busca e apreensão em Goiânia.
Segundo as investigações, há indícios de participação de advogados no esquema. A seccional de Goiás da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) informou que acompanha a operação e apura possíveis infrações.
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