Justiça

Búfalas de Brotas: Justiça condena fazendeiro a 4 anos de prisão por abandonar animais

O caso veio à tona em novembro de 2021 e foi considerado um dos piores envolvendo maus-tratos a animais na história do País

Búfalas de Brotas: Justiça condena fazendeiro a 4 anos de prisão por abandonar animais
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A Justiça de São Paulo condenou à prisão o fazendeiro acusado de abandonar um rebanho de búfalas em uma fazenda em Brotas, no interior paulista.

Luiz Augusto Pinheiro de Souza, proprietário da Fazenda Água Sumida, foi sentenciado a 4 anos, 7 meses e 10 dias de detenção, em regime inicial semiaberto, além de pagamento de 128 dias-multa, com valor equivalente ao salário mínimo da época.

O caso veio à tona em novembro de 2021 e foi considerado um dos piores envolvendo maus-tratos a animais na história do País.

O fazendeiro abandonou em sua propriedade, sem água e sem comida, mais de mil búfalas, a maioria prenha, depois de perder o interesse econômico no rebanho. Segundo o inquérito policial, ele passou a arrendar as terras para o cultivo de soja, motivo pelo qual transformou os pastos em campos de plantações, deixando os animais à deriva. As búfalas eram utilizadas para a extração de leite.

“Não há que se falar em ausência de dolo, tendo em vista que foi evidenciado o dolo pela falta de cuidados básicos comos animais“, concluiu o juiz Sergio Lazzareschi de Mesquita, da 1ª Vara da Comarca de Brotas, na última quarta-feira 22.

“Dessa forma, o conjunto probatório é robusto o suficiente para comprovar o dolo do réu Luiz Augusto, tendo em vista que não tomou as medidas necessárias para garantir o bem-estar dos animais, sob sua responsabilidade, deixando com que vários morressem de fome e sede.”

Os animais sobreviventes foram resgatados por instituições voluntárias e encaminhados a um santuário. Nas redes sociais, as organizações comemoraram a condenação do fazendeiro. “Hoje — em memória das centenas de vidas que foram perdidas — esperamos que essa condenação sirva de exemplo para que nenhum animal passe pelo que elas passaram.”

Relembre o caso em uma reportagem de CartaCapital:

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