Justiça
Moraes devolve ao plenário virtual julgamento sobre a revisão da vida toda do INSS
Ainda não definida uma data para a retomada do julgamento


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, voltou atrás e decidiu devolver ao plenário virtual o julgamento sobre a revisão da vida toda do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Ainda não definida uma data para a retomada do julgamento. A questão estava em julgamento no plenário virtual, mas a análise foi interrompida no último dia 26 de agosto por um pedido de destaque feito pelo ministro.
Antes da suspensão, quatro ministros se manifestaram pela rejeição dos recursos apresentados pelo Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadoras Metalúrgicos (CNTM).
Além do relator, Nunes Marques, os ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino e Cármen Lúcia votaram no mesmo sentido e negaram os recursos.
Entre os argumentos apresentados, as entidades defenderam que a revisão seja garantida para quem estava com processos na Justiça. Instâncias inferiores do Judiciário já garantiram o direito à revisão.
Em março deste ano, o Supremo decidiu que os aposentados não têm direito de optarem pela regra mais favorável para recálculo do benefício. O placar do julgamento ficou em 7 votos a 4.
A decisão anulou outra deliberação da Corte favorável à revisão da vida toda. A reviravolta ocorreu porque os ministros julgaram duas ações de inconstitucionalidade contra a Lei dos Planos de Benefícios da Previdência Social (Lei 8.213/1991), e não o recurso extraordinário no qual os aposentados ganharam o direito à revisão.
Ao julgarem constitucional as regras previdenciárias de 1999, a maioria dos ministros entendeu que a regra de transição é obrigatória e não pode ser opcional aos aposentados conforme o cálculo mais benéfico.
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