Justiça
Juiz condena Breno Altman por injúria contra Alexandre Schwartsman e André Lajst
O caso envolve publicações nas redes sociais. Cabe recurso contra a decisão


O jornalista Breno Altman foi condenado a três meses de prisão em regime aberto por injúria contra o economista Alexandre Schwartsman e o presidente da organização pró-Israel StandWithUs Brasil, André Lajst. O juiuz Fabricio Reali Zia assinou a decisão nesta segunda-feira 26.
Zia substituiu a pena pelo pagamento de 15 salários mínimos (21 mil reais) ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente. Procurado por CartaCapital, Altman disse que a condenação, “embora injusta, é motivo de orgulho” e prometeu contestar a decisão.
O caso envolve declarações feitas pelo jornalista nas redes sociais em dezembro de 2023. Ele chamou os dois autores do processo de “covardes e desqualificados” ao comentar um artigo publicado por Schwartsman no jornal Folha de S.Paulo. O economista, por sua vez, se referiu a Altman como “kapo” (termo usado para nomear o funcionário mais baixo da hierarquia nazista).
Na sentença, o juiz sustentou que houve “ofensas a atributos morais e intelectuais” da dupla. Zia ainda destacou que o jornalista é reincidente nas críticas aos desafetos e considerou que ele teria “excedido os limites da liberdade de expressão“.
“As palavras utilizadas emergem de um ambiente de extrema hostilidade entre as partes, circunstância que motivou inclusive medidas cautelares e sucessivas intimações das partes para a manutenção do respeito e da ordem enquanto pendente esta relação processual”, escreveu o magistrado.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Conselho Nacional de Direitos Humanos diz que Conib tenta censurar Breno Altman
Por CartaCapital
Hamas e Jihad Islâmica reivindicam ‘atentado’ em Tel Aviv
Por AFP