Sociedade
Após receber ameaças, Maria da Penha terá proteção do governo
Caso acontece 18 anos após a sanção da lei que leva o seu nome
A ativista Maria da Penha vai receber proteção de forças de segurança após receber nas redes sociais uma série de ataques e ameaças. Ela foi incluída no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH), vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
Em nota, o Ministério das Mulheres afirmou que a ministra Cida Gonçalves esteve com o governador Elmano de Freitas (PT) na última segunda-feira 3 para falar sobre a violência sofrida por Maria da Penha 18 anos após a sanção da lei que leva o seu nome, e o estado se prontificou a apoiar.
Freitas classificou as ameaças à Maria da Penha como “repugnantes e inadmissíveis”. “Manifesto todo o meu apoio a essa grande mulher, que transformou a dor de ter sido vítima em força para lutar contra a violência motivada pelo machismo”, disse.
Além disso, Freitas afirmou que será construído um memorial na casa onde aconteceu o crime contra Maria da Penha.
Natural de Fortaleza, Maria da Penha ficou paraplégica após receber um tiro na coluna em 1983. Ela foi alvo de uma tentativa de feminicídio pelo pai de suas duas filhas.
A lei, que recebe seu nome, alterou o Código Penal, possibilitando que agressores de mulheres em âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Feminicídio de integrante do MST vai a júri popular em Goiás
Por Ana Luiza Basilio
Projeto que cria cadastro de condenados por violência contra mulher avança na Câmara
Por Agência Brasil