Educação

Unicamp demite professor acusado de agredir estudantes durante paralisação

A saída de Rafael de Freitas Leão, professor do Instituto de Matemática, foi publicada no Diário Oficial de São Paulo

Unicamp demite professor acusado de agredir estudantes durante paralisação
Unicamp demite professor acusado de agredir estudantes durante paralisação
Créditos: Divulgação
Apoie Siga-nos no

A Unicamp demitiu o professor do Instituto de Matemática Rafael de Freitas Leão, acusado de agredir um estudante da universidade em outubro do ano passado.

A demissão foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo na segunda-feira 1º e motivada por uma falta gravíssima, além de infração aos dispositivos do Estatuto dos Servidores da instituição.

À época, o professor foi acusado por integrantes do Diretório Central dos Estudantes de agredir alunos que faziam uma paralisação e tentavam convencê-lo a não dar continuidade às aulas. No momento do entrevero, o docente portava uma faca e um spray de pimenta.

Parlamentares do PSOL, que pediram ao Ministério Público a abertura de uma ação penal contra Leão, ainda apontaram possíveis ligações do professor a grupos neonazistas ou supremacistas brancos.

O professor estava afastado de suas funções, por determinação da Unicamp, desde 4 de outubro, um dia depois de ser detido pela polícia no campus. Na ocasião, a universidade também anunciou um processo administrativo disciplinar contra o docente, que agora leva à demissão.

Uma nota emitida pela reitoria sustenta que a demissão está prevista no estatuto da universidade em casos em que o servidor “praticar atos definidos como infração pelas leis penais, manter má conduta e/ou praticar atos de violência de qualquer tipo”.

“A reitoria da Unicamp esclarece que a decisão foi tomada com base no relatório final da Comissão Processante Permanente que analisou o caso, referendado posteriormente pela Procuradoria Geral da Universidade. O processo transcorreu conforme determinam as regras internas da universidade, garantindo ao docente todas as possibilidades de exercer a sua ampla defesa.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo