Justiça

Governo de São Paulo defende no STF rejeição de obrigatoriedade de câmeras corporais da PM

Governo justifica questões questões técnicas e logísticas para a não implementação das câmeras

Governo de São Paulo defende no STF rejeição de obrigatoriedade de câmeras corporais da PM
Governo de São Paulo defende no STF rejeição de obrigatoriedade de câmeras corporais da PM
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foto: Mauro Pimentel/AFP
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O governo de São Paulo defendeu nesta segunda-feira 25 no Supremo Tribunal Federal a rejeição da obrigatoriedade do uso de câmeras corporais nas fardas dos policiais militares.

No documento, o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) justifica que a implementação dos equipamentos já está acontecendo e afirma que não é possível a “simples transferência de câmeras” por questões técnicas e logísticas.

A resposta do governo é após uma ação da Defensoria Pública de São Paulo. O órgão questionou uma decisão do Supremo que suspendeu a utilização dos equipamentos e pede o uso de câmeras nas fardas da Polícia Militar.

Aí então o ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso, deu um prazo de 10 dias para que o governo estadual apresentasse informações sobre o assunto.

“São necessários estudos técnicos, análise e avaliação do gestor sobre a viabilidade de remanejamento dos equipamentos”, disse o governo de São Paulo.

“A infraestrutura para o funcionamento das câmeras envolve vários aspectos, desde móveis, computadores, rede elétrica, link de dados dedicado especificamente para o download e upload de imagens, além da logística de fixação das COPs no colete”, completou.

O uso desses equipamentos em uniformes policiais começou a ser adotado em São Paulo em 2020, por meio de um programa conhecido como Olho Vivo.

Ao contrário do que diz o governador, estudos sobre o tema já mostraram que a ferramenta contribui para a diminuição da letalidade nas ações policiais.

No primeiro ano à frente do governo, Tarcísio já reduziu em 98 milhões de reais o orçamento para a Segurança Pública. O governador paulista retirou 15 milhões do orçamento para o programa Olho Vivo em 2023.

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