Política
Rubinho Nunes protocola pedido de CPI para investigar o padre Júlio Lancellotti
Se aprovada, a CPI será composta por sete vereadores e terá duração de 120 dias
O vereador Rubinho Nunes (União Brasil) apresentou, nesta quarta-feira, o pedido de instalação de uma CPI para apurar supostos crimes contra pessoas em situação de rua em São Paulo. O colegiado, que mira a atuação do padre Júlio Lancellotti, deve ser votado em plenário na próxima semana.
São necessários 28 votos para que a comissão seja instalada. O vereador, aliado do prefeito Ricardo Nunes (MDB), conseguiu as 19 assinaturas necessárias para dar andamento ao pedido.
Se aprovada, a CPI será composta por sete vereadores e terá duração de 120 dias.
No requerimento, o parlamentar diz que o objetivo da CPI é “apurar a dignidade da pessoa humana, em especial crimes contra a liberdade sexual, assédio moral, sexual, psicológico e abusos congêneres cometidos contra pessoas em situação de rua, vulnerabilidade e drogadição” na capital paulista.
Rubinho havia tentado, sem sucesso, protocolar a CPI no fim do ano passado sob o argumento de investigar a atuação de ONGs no amparo às pessoas em situação de rua no centro da cidade. A reação da oposição e da sociedade, contudo, fez com que vereadores retirassem apoio ao colegiado.
Inicialmente, ele tinha dois alvos principais: o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecido como Bompar, e o coletivo A Craco Resiste. Ambos prestam auxílio à população de rua e dependentes químicos na região.
Agora, para driblar as resistências, o vereador alterou o objeto da proposta e direcionou a investigação à figura de Lancellotti. Parte das denúncias que embasam o pedido remete a acusações antigas, e arquivadas, feitas por integrantes do Movimento Brasil Livre, do qual Rubinho faz parte.
CartaCapital procurou o padre Júlio Lancellotti e a Arquidiocese de São Paulo para comentar o assunto, mas não obteve retorno. O espaço para manifestação segue aberto.
Saiba quais foram os vereadores que apoiam a abertura da CPI:
- Adilson Amadeu (União)
- André Santos (Republicanos)
- Atílio Francisco (Republicanos)
- Cris Monteiro (Novo)
- Eli Corrêa (União)
- Ely Teruel (Podemos)
- Fernando Holiday (PL)
- George Hato (MDB)
- Isac Felix (PL)
- João Jorge (PSDB)
- Major Palumbo (PP)
- Marcelo Messias (MDB)
- Marlon Luz (MDB)
- Milton Leite (União)
- Rinaldi Digilio (União)
- Rodolfo Despachante (PP)
- Rubinho Nunes (União)
- Rute Costa (PSDB)
- Sansão Pereira (Republicanos)
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