Política
Michelle chora e fala sobre “injustiças” contra Bolsonaro em ato na Paulista
Ex-primeira-dama chorou ao fazer referência a investigação que coloca Bolsonaro no centro de uma trama golpista para reassumir o poder


A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) abriu o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo 25.
Em seu discurso, a presidente do PL Mulheres mencionou o sofrimento de aliados de Bolsonaro e apontou que todos são “povo de bem”.
Chorando, a ex-primeira-cama afirmou que renovou a sua fé diante do que chamou de “injustiças” cometidas contra seu marido.
“Não tem sido fácil, mas estamos de pé (…) Eu vivo um dia de cada vez”, disse, fazendo uma referência a investigação da Polícia Federal que tem como algo Jair Bolsonaro por participação em sua suposta trama golpista para impedir a posse do presidente Lula (PT).
Ela ainda pediu que seus apoiadores não desistam do Brasil.
“Eu sei que nosso Deus do alto céus irá nos conceder o socorro”, disse, afirmando que há um assassinato de reputação diário. “Aprouve o senhor a nos colocar a frente da nação. Aprouve Deus nos colocar a frente da Presidência da República”, afirmou.
Ao fim, Michelle ainda pediu a Deus que abençoasse o Brasil e Israel.
O ato tem sido visto como uma tentativa de demonstração de força do ex-presidente, após ser alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga a sua participação na tentativa de Golpe.
Apesar da tentativa de desvincular o evento de um possível caráter golpista, o bolsonarista Paulo Figueiredo afirmou em uma live, neste domingo, que o ato visa pressionar a Corte responsável pela análise dos inquéritos que investigam a suposta tentativa de Golpe de Estado. Ao lado dele na transmissão estava o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL).
O advogado e professor de Direito Constitucional Pedro Serrano comenta as possíveis consequências do discurso realizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro a seus apoiadores. Confira a análise no canal de CartaCapital no YouTube.
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