Justiça
Dino escreve carta a senadores e diz que será técnico e imparcial no STF
O candidato a ministro da Corte já iniciou seu périplo pelos gabinetes de senadores em busca dos votos necessários


Indicado para o Supremo Tribunal Federal pelo presidente Lula (PT), Flávio Dino escreveu uma carta a ser entregue aos senadores, na qual lista seu histórico acadêmico e sua trajetória profissional, além de assumir compromissos para sua chegada à Corte.
Dino passará por uma sabatina e uma votação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado em 13 de dezembro. Na sequência, a indicação será analisada pelo plenário da Casa, onde o candidato a ministro precisará de pelo menos 41 votos entre os 81 possíveis.
“Postulo a aprovação do Senado Federal para iniciar uma nova etapa em minha vida, na qual —de modo técnico e imparcial— comprometo-me a zelar pela Constituição e pelas leis da nossa pátria”, escreveu Dino.
“Relevante sublinhar que o desempenho de funções políticas nos últimos 17 anos não implicou o meu afastamento do campo do direito, já que mantive a ministração de aulas, palestras e a publicação de artigos baseados em argumentações jurídicas”, prosseguiu. Ele mencionou também sua experiência de quatro anos na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
Dino já iniciou seu périplo pelos gabinetes de senadores em busca dos votos necessários para a sua aprovação. Nesta quinta-feira 30, em meio a essas visitas, ele disse que a harmonia entre os Poderes é “muito importante” e que o Supremo não pode ser “parte da polarização”.
“É isso que eu tenho ouvido de parlamentares à direita, esquerda, de centro, de vários partidos, e eu concordo com isso e tenho certeza de que isso é uma necessidade nacional.”
Se o Senado aprovar a indicação de Dino, a cerimônia de posse no Supremo deve ocorrer apenas em fevereiro de 2024.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Posse de Dino no STF deve ocorrer apenas em 2024
Por CartaCapital
Por que o STF com Dino deve ser menos ativista e mais autocontido, segundo jurista
Por Leonardo Miazzo
Quem é a suplente que deve assumir por quase 8 anos a vaga de Dino no Senado
Por Wendal Carmo