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Em semana decisiva, líderes progressistas internacionais declaram apoio a Massa na Argentina

Pedro Sánchez, López Obrador e ‘Pepe’ Mujica se manifestaram em prol da campanha do peronista; Lula indicou contrariedade às ideias de Milei

Propaganda do presidenciável Sergio Massa, em Buenos Aires, em 13 de novembro de 2023. Foto: Juan Mabromata/AFP
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Na semana decisiva para a eleição presidencial na Argentina, o candidato peronista Sergio Massa recebeu uma série de manifestações de apoio, diretas e indiretas, de lideranças progressistas internacionais. O segundo turno ocorrerá no próximo domingo 19.

Líderes de esquerda como Pedro Sánchez (Espanha) e Andrés Manuel López Obrador (México) somaram-se à campanha de Massa, assim como o ex-presidente do Uruguai José “Pepe” Mujica. Além deles, o presidente Lula (PT) sinalizou a sua proximidade com Massa, ao defender que os argentinos votem em um presidente que “goste de democracia”. 

Sánchez, que enfrenta resistência para se manter no poder na Espanha graças a um acordo com o partido separatista catalão, afirmou que Massa “representa a aposta por uma convivência democrática”. Em um vídeo publicado nesta terça-feira 14, o líder espanhol destacou que os argentinos não vão apenas eleger um presidente, mas definir o futuro do país.

López Obrador, por sua vez, foi mais incisivo. Na segunda-feira 13, o presidente mexicano chamou o opositor de Massa, o ultradireitista Javier Milei, de “facho [fascista] conservador”.

Mujica, histórica figura da esquerda latino-americana, também se juntou à campanha de Massa, ao divulgar um vídeo de apoio nesta terça. Na gravação, compartilhada por Massa nas redes sociais, o uruguaio disse ter “consciência de que a Argentina não necessita de um cataclismo, mas de unidade nacional”, e que, se pudesse, “votaria em Massa com as duas mãos”

Já o presidente Lula não manifestou diretamente apoio ao peronista. Contudo, na edição desta terça do programa Conversa com o Presidente, deu um recado claro a Milei e aos entusiastas da campanha do ultradireitista que incentivam o rompimento da relação com o Brasil. 

“É preciso ter um presidente que goste de democracia, que respeite as instituições, que goste do Mercosul, que goste da América do Sul e que pense na criação de um bloco importante“, assinalou Lula, ao ponderar que respeita a soberania do voto dos argentinos.

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