Política
Arthur Maia usa última sessão da CPMI para exaltar militares: ‘O País deve ao Exército’
O relatório recomenda o indiciamento de militares; para o presidente da comissão, porém, ‘o Exército demonstrou amor e respeito pela democracia’
O presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), aproveitou a última sessão do colegiado, nesta quarta-feira 18, para exaltar os militares. Ele disse ter “apreço” e “respeito” pelas Forças Armadas e elogiou o Exército.
“Não teve golpe neste País, porque o Exército, que seria a única força capaz de bancar um golpe de Estado, na hora, se foi chamado em algum momento para disso participar, disse ‘não'”, declarou Maia. “O Exército Brasileiro demonstrou, nesse episódio, amor e respeito pela democracia.”
Segundo o deputado, é preciso separar “o CPF” de militares e as Forças Armadas enquanto instituições de Estado.
“A instituição grandiosa à qual este País tanto deve, que é o Exército Brasileiro, é outra coisa completamente diferente. E se havia o receio de que a CPI fosse enodoar a imagem do Exército Brasileiro, estamos concluindo o nosso trabalho reconhecendo que o Exército Brasileiro cumpriu, sim, o seu papel nesse processo.”
Os generais Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, e Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, estão entre os 13 militares que, segundo o relatório aprovado pela CPMI, devem ser indiciados. Confira aqui a lista completa.
O documento também sugere o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Eventuais denúncias dependem do Ministério Público Federal.
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