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Eclipse exibe ‘anel de fogo’ no céu do continente americano; veja fotos

O eclipse anular acontece quando a Lua se posiciona entre o Sol e a Terra no ponto mais afastado de sua órbita em torno de nosso planeta

Eclipse exibe ‘anel de fogo’ no céu do continente americano; veja fotos
Eclipse exibe ‘anel de fogo’ no céu do continente americano; veja fotos
Foto: Luis Acosta / AFP
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Milhões de observadores nos Estados Unidos testemunharam neste sábado (14) um eclipse anular do Sol, com seu característico “anel de fogo”, enquanto atravessava o céu do continente americano.

Na sequência, o eclipse pôde ser visto no México e em países das Américas Central e do Sul, passando por países como Colômbia e o norte do Brasil.

Nos Estados Unidos, o eclipse ficou visível pouco depois das 9h locais (13h em Brasília) no estado do Oregon, sobre a costa do Pacífico, e atravessou o país de noroeste a sul, até aparecer quase meia hora depois nos céus do sul do Texas.

Uma multidão com óculos especiais se reuniu na cidade de Albuquerque, no estado do Novo México, entre os muitos grupos de pessoas que se reuniram em diversas partes do oeste americano para observar o fenômeno.

O eclipse anular acontece quando a Lua se posiciona entre o Sol e a Terra no ponto mais afastado de sua órbita em torno de nosso planeta. Dado que está tão distante, não cobre por completo o Sol, o que cria um efeito de “anel de fogo” laranja.

A vista do fenômeno do “anel de fogo” provocou aplausos da multidão que esperava ansiosa em Albuquerque.

No transcurso de apenas algumas horas, o “caminho da anularidade” pôde ser visto em diversas cidades importantes, entre elas Eugene (Oregon) e San Antonio (Texas), com fases de eclipse parcial que duraram uma ou duas horas, antes e depois.

A anularidade total pôde ser observada em oito estados, entre eles Califórnia, Nevada, Utah, Arizona, Colorado e Novo México.

Lamentavelmente, para muitos moradores de Oregon e Texas, o Serviço Meteorológico Nacional dos Estados Unidos alertou que a previsão era de nebulosidade sobre partes destes estados, que atrapalharam a visualização do fenômeno.

A Nasa, por sua vez, recomendou ao público que tomasse medidas preventivas e utilizasse lentes de visão solar, nunca lentes de sol regulares, para preservar a visão.

“NÃO olhe para o Sol através de uma lente de câmara, telescópio, binóculos, ou qualquer outro dispositivo ótico e use lentes para eclipses ou um visor solar portátil. Os raios solares concentrados podem queimar através do filtro e causar sérias lesões oculares”, advertiu a agência espacial americana.

Nos Estados Unidos, “mais de 6,5 milhões de pessoas vivem sob o trajeto do eclipse”, disse Alex Lockwood, da Nasa, em uma coletiva de imprensa anterior ao fenômeno.

Foto: Luis Acosta / AFP

Foto: Luis Acosta / AFP

Foto: Luis Acosta / AFP

Foto: Marvin RECINOS / AFP

Foguetes

O acontecimento também serve de aperitivo para um eclipse total que vai acontecer em abril de 2024.

Ambos os eclipses serão “absolutamente impressionantes para a ciência”, disse Madhulika Guhathakurta, cientista do programa de heliofísica da Nasa.

Os eclipses solares têm efeito notório na atmosfera superior, assim como na ionosfera, que está cheia de partículas carregadas e é responsável por refletir e refratar as ondas radiais.

“Apesar de os efeitos atmosféricos dos eclipses solares terem sido estudados por mais de 50 anos, ainda há muitas perguntas sem resposta”, comentou Guhathakurta.

Para estudar esses efeitos, a Nasa vai lançar três foguetes do Campo de Mísseis de Arenas Blancas, no Novo México, para coletar informação dos campos elétrico e magnético, a densidade de elétrons e a temperatura.

Um eclipse total foi registrado em 2017 nos Estados Unidos. Depois do eclipse total de abril do ano que vem, o próximo ocorrerá apenas em 2044, enquanto um novo eclipse anular está previsto para 2046.

Outro eclipse total também será visível da Espanha, em agosto de 2026.

O Sol é cerca de 400 vezes maior do que a Lua, mas também está a uma distância 400 vezes maior do nosso planeta. Por isso, os dois astros parecem ter um tamanho similar quando observados da Terra.

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