Política

Lula volta a defender pedido de desculpas a Dilma após decisão do TRF-1

Parlamentares já apresentaram um projeto de resolução para anular as sessões do Congresso que chancelaram a cassação da petista

Lula volta a defender pedido de desculpas a Dilma após decisão do TRF-1
Lula volta a defender pedido de desculpas a Dilma após decisão do TRF-1
O presidente Lula e a ex-presidenta Dilma Rousseff. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O presidente Lula (PT) voltou a dizer, durante evento em Teresina (PI) nesta quinta-feira 31, que Dilma Rousseff merece um pedido de desculpas pelo processo de impeachment que sofreu em 2016.

“Dilma foi condenada por uma pedalada e ela não cometeu nenhum crime. Algum pedido de desculpas, alguém, em algum momento, tem que fazer. Houve a destruição da imagem da pessoa durante vários anos, todos sabem o que a Dilma passou”, defendeu o presidente.

Na capital piauiense, Lula participou da cerimônia de lançamento do novo PAC no estado. No final do dia, ele ainda deve anunciar um novo programa com o objetivo de tirar o Brasil do Mapa da Fome e reduzir as taxas de pobreza e de insegurança alimentar.

A declaração de Lula acontece dias após o Tribunal Regional Federal da 1ª Região arquivar uma ação contra Dilma sobre as chamadas “pedaladas fiscais”, acusações que serviram de pretexto para o impeachment.

Por maioria, o tribunal decidiu confirmar o arquivamento da denúncia por improbidade administrativa contra a ex-presidenta e o ex-ministro Guido Mantega. De acordo com o Ministério Público Federal, ela e os demais acusados teriam utilizado bancos públicos para “maquiar o resultado fiscal” do governo.

Na semana passada, durante uma viagem a Angola, Lula se referiu à deposição de Dilma como “golpe” e afirmou que o Brasil deveria se desculpar com a ex-presidenta, ressaltando que sua cassação “aconteceu de forma leviana”.

Após a decisão do TRF-1, parlamentares do PT apresentaram um projeto de resolução para anular as sessões do Congresso Nacional que chancelaram a cassação de Dilma. Classificada como “reparação histórica”, a proposta é assinada por 23 congressistas, entre eles o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo Lula no Congresso.

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