Justiça
Ronaldinho vai ao STF contra condução coercitiva e diz que CPI quer ‘driblar’ decisão da Corte
A Corte concedeu ao ex-atleta o direito de permanecer em silêncio durante o depoimento, mas o obrigou a comparecer


A defesa de Ronaldinho Gaúcho acionou o Supremo Tribunal Federal contra a decisão da CPI das Pirâmides Financeiras de pedir à Justiça a apreensão de seu passaporte e a sua condução coercitiva para prestar depoimento.
O advogado do ex-jogador alega que a comissão quer “driblar” a liminar concedida no habeas corpus que garante a Ronaldinho o direito ao silêncio na oitiva.
Na quinta-feira 24, Ronaldinho faltou pela segunda vez à convocação, agora sob a alegação de que não conseguiu viajar a Brasília devido ao mau tempo em Porto Alegre (RS).
O advogado ainda afirma que a CPI “joga para a torcida”, com o intuito de constranger o ex-atleta.
Ronaldinho foi convocado a prestar esclarecimentos sobre suspeitas de envolvimento em fraudes com criptomoedas por meio da companhia 18K Ronaldinho.
A defesa nega que o cliente tenha qualquer participação societária na companhia e sustenta que ele foi vítima da 18K, que teria usado seu nome de forma indevida.
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