Política

Possível mudança no Ministério do Turismo seria um ‘voto de confiança’ ao União Brasil

Daniela Carneiro, importante para Lula no segundo turno, está em vias de deixar o União e se filiar a outra legenda

Possível mudança no Ministério do Turismo seria um ‘voto de confiança’ ao União Brasil
Possível mudança no Ministério do Turismo seria um ‘voto de confiança’ ao União Brasil
Foto: Evaristo Sa/AFP
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O presidente Lula (PT) teve de ouvir nos últimos dias diversas cobranças para promover trocas em sua Esplanada dos Ministérios. Até aqui, a mais cotada a perder seu lugar no primeiro escalão do governo é Daniela Carneiro (União-RJ), do Turismo.

Nomeada por Lula após ser uma peça importante na construção de apoio ao petista em Belford Roxo (RJ) no segundo turno, Daniela está em vias de deixar o União e se filiar a outra legenda – possivelmente o Republicanos, embora seu presidente, Marcos Pereira, negue a intenção de compor a base do governo.

O pedido de Daniela para se desfiliar do União sem ser punida por infidelidade partidária está nas mãos do Tribunal Superior Eleitoral. Ela e outros parlamentares que reivindicam a saída alegam que a cúpula da sigla recorre a “expedientes autoritários”.

A relação entre Lula e o União Brasil está estremecida desde o início do mandato. O partido controla direta ou indiretamente três ministérios, mas não vota com o Palácio do Planalto nas principais matérias analisadas pela Câmara. Deputados do União alegam não se sentir contemplados pelos ministros correligionários.

O mais cotado a ganhar a vaga de Daniela é o deputado Celso Sabino (União-PA), próximo ao presidente da sigla, Luciano Bivar, e ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Parlamentares do União já deixam circular sinais de que veem com bons olhos a possível troca, encarada como um “voto de confiança” ao partido.

O União Brasil também chefia o Ministério das Comunicações, com Juscelino Filho, outra figura a acumular desgate nos primeiros meses do governo e figurar como possível alvo de mudanças na Esplanada. Por fim, entra na cota do partido o ministro da Integração Regional, Waldez Góes – embora filiado ao PDT, é uma indicação do União.

Celso Sabino, ex-tucano, está em seu segundo mandato na Câmara dos Deputados. Ele é vice-líder do megabloco formado por União, PP, PSDB, Cidadania, PDT, PSB, Avante, Solidariedade e Patriota. Também integra a Frente Parlamentar Mista para Promoção da Saúde Mental.

Sua campanha de deputado em 2022 recebeu pouco mais de 3 milhões de reais – do total, 2,5 milhões vieram da Direção Nacional do PL e quase 160 mil da Direção Estadual do partido.

Ele se formou em Direito e Administração pelo CESUPA e pela Unama. É pós-graduado em Controladoria, Auditoria e Gestão Financeira pela FGV. Também tem um doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na UMSA, da Argentina.

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