CartaExpressa

Dino rebate acusações de Eduardo Bolsonaro: ‘Não tenho medo de milicianinhos’

O ministro da Justiça foi acusado de ‘envolvimento com o crime organizado’ após ter visitado o completo da Maré, no Rio

Dino rebate acusações de Eduardo Bolsonaro: ‘Não tenho medo de milicianinhos’
Dino rebate acusações de Eduardo Bolsonaro: ‘Não tenho medo de milicianinhos’
O ministro da Justiça, Flávio Dino, indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Carl de Souza/AFP
Apoie Siga-nos no

Após ter sido acusado de ter “envolvimento com o crime organizado” por parte do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), o ministro da Justiça, Flávio Dino rebateu o filho do presidente.

Nas redes sociais, o ministro afirmou “não ter medo de milicianinho”.

“Soube que representantes da extrema-direita reiteraram seu ódio a lugares onde moram os mais pobres. Essa gente sem decoro não vai me impedir de ouvir a voz de quem mais precisa do Estado. Não tenho medo de gritos de milicianos nem de milicianinhos”, escreveu.

Na segunda-feira, 12, Dino visitou o Complexo da Maré, conjunto de favelas na Zona Norte da capital fluminense. O governo federal deverá lançar um boletim sobre os casos de violência nas áreas da comunidade.

Após a reunião com lideranças da Maré, Eduardo Bolsonaro foi as redes para fazer falsas acusações contra o ministro.

“Flávio Dino, o ministro que entra na Maré, complexo de favelas mais armado do Rio, com apenas dois carros e sem trocar tiros”, escreveu Eduardo no Twitter.

Ele ainda afirmou que o ministro teria de a “explicar o nível de envolvimento dele e seu chefe, Lula, com o crime organizado carioca”.

Para o deputado, o encontro teria sido um absurdo e questionou as razões da visita, embora as informações referentes a agenda tenham sido disponibilizadas pela Pasta.

“O que ele foi discutir lá: desarmamento? Recadastramento? Assassinato de policiais? Apreensão de drogas? Ou agradecer o crime por não permitir propaganda de Bolsonaro nestas áreas durante as eleições?”, perguntou Eduardo.

Após as repercussões negativas, o deputado afirmou que não acusou o ministro e que apenas cobrou explicações.

“Não é normal um ministro que comanda polícias entrar assim em área dominada pelo crime”, disse em nova publicação.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo