Política
Ex-mulher de Bolsonaro perde a nacionalidade brasileira
Ana Cristina Valle possui nacionalidade norueguesa desde 2011; após as eleições, ela retornou ao país europeu sem previsão de retorno ao Brasil
Ex-mulher de Jair Bolsonaro (PL), a advogada Ana Cristina Siqueira Valle perdeu a nacionalidade brasileira. A informação consta de portaria do Ministério da Justiça publicada em edição do Diário Oficial da União desta terça-feira 7.
A mãe de Jair Renan Bolsonaro, o filho mais novo do ex-presidente, possui nacionalidade norueguesa desde 2011, quando passou a morar no País. De acordo com o ministério, Ana Cristina não cumpriu os princípios previstos na Constituição para manter a naturalidade brasileira.
“O ordenamento jurídico nacional admite que os brasileiros tenham dupla ou múltiplas nacionalidades apenas se a outra nacionalidade decorrer do nascimento em território estrangeiro, de ascendência estrangeira ou de naturalização por imposição”, informou a pasta.
Ana Cristina é investigada pela Polícia Federal pela compra de uma mansão em Brasília com uso de um ‘laranja’. A ação foi aberta em agosto com o objetivo de apurar movimentações financeiras suspeitas na aquisição de uma mansão avaliada em 3 milhões de reais, localizada no Lago Sul, uma das regiões nobres da capital federal.
Ela foi chefe do gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) entre 2001 e 2008, além de ter atuado na assessoria da ex-deputada federal Celina Leão (PP-DF) com salário líquido de 6.200 reais até junho passado.
Nas eleições, Cristina chegou a associar sua candidatura à Assembleia Legislativa do DF ao sobrenome do ex-marido, mas obteve 1.485 votos e não conseguiu se eleger. Após o resultado do pleito, deixou o País sem previsão de retorno rumo a Noruega.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Selic a 13,5%: Leia a ata da reunião do BC que embasou decisão criticada por Lula
Por Getulio Xavier
PSOL articula ida do presidente do BC à Câmara para questioná-lo sobre taxa de juros
Por CartaCapital



