Política

O saldo do embate entre Lula e Padre Kelmon na Globo, segundo pesquisa do PT

Após ataques do candidato do PTB, o ex-presidente respondeu que o padre era ‘irresponsável’ e estava ‘fantasiado’

Foto: Reprodução TV Globo
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Uma pesquisa qualitativa contratada pela equipe de marketing da campanha de Lula (PT), para avaliar o desempenho dos candidatos no debate da TV Globo, constatou que o embate do petista com o padre Kelmon (PTB) na noite de quinta-feira 29 não causou estragos na imagem do ex-presidente.

O candidato do PTB, que assumiu a posição após o Tribunal Superior Eleitoral indeferir o nome de Roberto Jefferson (PTB) para a disputa, chamou Lula de “cínico” e “ator”. O ex-presidente então esbravejou e respondeu que o padre era “irresponsável” e estava “fantasiado”.

A avalição, CartaCapital apurou, é que a discussão “foi bem avaliada” porque “o sentimento era que alguém precisava dar um basta naquilo”.

No debate, Kelmon portou-se como linha auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao atacar  políticos e partidos de esquerda e ao poupar o ex-capitão de críticas. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) admitiu em publicação nas redes sociais nesta sexta-feira 30 que o padre ajudou o seu pai.

“Vários presidenciáveis sendo linha auxiliar do Ladrão ok. Um candidato ajudando Bolsonaro: fim do mundo”, publicou o vereador ao criticar a reação contrária à participação de Kelmon no debate.

O PTB, partido do padre, comemorou a atuação. No site oficial da legenda há um texto que diz que o candidato “fez as críticas mais duras a Lula e foi atacado com grosserias pelo candidato petista”.

No Twitter, de acordo com monitoramento feito por Pedro Barciela, o padre foi classificado durante o debate como “apêndice do bolsonarismo”.

“O antibolsonarismo atinge seu maior volume e isola ainda mais o bolsonarismo. O mais citado foi Kelmon, entendido como apêndice do bolsonarismo”, escreveu o especialista em redes sociais. “Por isso, a reação de Lula ao candidato foi muito bem recebida pelo antibolsonarismo”.

De acordo com Barciela, “essa era uma demanda que o antibolsonarismo trazia desde o debate da Band, exigindo de Lula uma postura mais combativa”.

A posição majoritária de aliados de Lula, conforme CartaCapital antecipou, é de que a atuação do ex-presidente foi positiva. O plano era mesmo que o petista reagisse às acusações de corrupção, diferente da postura adotada no debate da TV Bandeirantes, no mês passado.

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