Política
Bolsonaro ironiza operação contra empresários golpistas: ‘Cadê a turma da Carta pela Democracia?’
‘Acreditar que eles são democratas e nós não somos?’, questionou o presidente durante evento de campanha em Minas Gerais


O presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou nesta quarta-feira 24 a operação da Polícia Federal contra empresários que defenderam um golpe em caso de vitória do ex-presidente Lula (PT) na eleição deste ano.
Entre os alvos dos mandados de busca e apreensão, autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, estavam Luciano Hang, da Havan, e Afrânio Barreira, do restaurante Coco Bambu. Na lista de alvos também estão José Isaac Peres, dono da rede de shopping Multiplan; Ivan Wrobel, da Construtora W3; José Koury, dono do Barra World Shopping; André Tissot, empresário do Grupo Sierra; Meyer Nirgri, da Tecnisa; e Marco Aurélio Raimundo, da Mormaii.
Em Betim (MG), onde faz campanha, o presidente atacou os signatários da Carta pela Democracia ao se referir à operação deflagrada contra seus apoiadores.
“O que aconteceu no tocante aos oito empresários? Cadê aquela turminha da Carta pela Democracia?”, questionou Bolsonaro. Em época de campanha, continuam lobos em pele de cordeiro. Acreditar que eles são democratas e nós não somos?”.
Como noticiou CartaCapital, a operação da terça-feira 23 tem como um dos objetivos investigar se os empresários bolsonaristas financiam os atos antidemocráticos do próximo 7 de setembro.
Em seu discurso em Minas Gerais, o ex-capitão voltou a dizer que uma vitória da esquerda na eleição deste ano no Brasil põe o País em risco.
“Perder uma eleição em uma democracia é natural, mas não podemos perder a democracia em uma eleição”, repetiu Bolsonaro. “Sabemos o que o outro lado fez ao longo de 14 anos”.
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