CartaExpressa

Senador apresenta projeto para aumentar pena de quem matar por motivo político

A proposta de Humberto Costa vem à tona após o petista Marcelo Arruda ser morto a tiros por um bolsonarista em Foz do Iguaçu

Senador apresenta projeto para aumentar pena de quem matar por motivo político
Senador apresenta projeto para aumentar pena de quem matar por motivo político
Foto: Arquivo pessoal
Apoie Siga-nos no

O senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou nesta segunda-feira 11 um projeto de lei que prevê que mortes causadas ‘por motivo de ideologia, intolerância ou inconformismo político’ sejam tratadas como homicídio qualificado. Neste caso, a pena que poderia variar de seis a 20 anos chegaria a até 30.

A proposta vem à tona após Marcelo Arruda, guarda municipal de Foz do Iguaçu (PR) e um dos líderes do PT na cidade, ser morto a tiros por um bolsonarista na madrugada de domingo 10. A Justiça decretou a prisão preventiva do policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, autor dosa disparos.

O petista comemorava o seu aniversário de 50 anos com o tema Lula quando o atirador, que não era conhecido de ninguém, interromper o evento e atirar em Arruda, que reagiu e também atingiu o bolsonarista que está no hospital sob custódia.

“Considerando a premente necessidade de salvaguardarmos o ambiente democrático, bem como de demonstrar o firme compromisso do Estado brasileiro em assegurar um ambiente hígido para a realização de eleições, apresentamos o presente projeto que insere a motivação política no rol das qualificadoras do crime de homicídio”, justifica o senador.

“A prática de homicídio cometido por razões políticas, além de atentar contra o bem jurídico mais relevante tutelado pelo Estado, qual seja a vida, representa ainda uma grave ameaça à democracia”, acrescenta.

Leia o projeto de lei na íntegra:

APPG – Acompanhamento Processual do 1° Grau.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo