Justiça

Aras arquiva pedido de investigação contra Paulo Guedes por ter mantido filha na direção de empresa offshore

Procurador-geral entendeu que não há irregularidades na conduta do ministro da Economia no caso

Aras arquiva pedido de investigação contra Paulo Guedes por ter mantido filha na direção de empresa offshore
Aras arquiva pedido de investigação contra Paulo Guedes por ter mantido filha na direção de empresa offshore
O procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras e o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes - Foto: MPF
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O procurador-geral da República Augusto Aras arquivou uma representação movida por parlamentares que pedia para investigar o ministro da Economia Paulo Guedes por manter uma empresa offshore sediada no exterior ao mesmo tempo em que exerce o cargo no governo federal.

Desta vez, os parlamentares argumentaram que Guedes omitiu da Comissão de Ética do governo federal o fato de ter indicado sua filha e sua esposa para assumirem a direção da offshore depois que ele assumiu o cargo de ministro da Economia. Com base nessa informação, eles pediram a Aras para investigar se Guedes usou informações privilegiadas para obter lucros indevidos por meio da sua offshore ou se cometeu falsidade ideológica pela suposta omissão da informação.

A defesa, representada pelos advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, argumentou à Procuradoria-Geral da República que a filha de Guedes foi incluída como diretora “para tratar, apenas, de questões burocráticas, não possuindo ingerência na administração dos recursos ou investimentos”. Argumentaram ainda que a gestão da aplicação dos recursos é feita por um administrador independente, sobre o qual Guedes não teria nenhuma ingerência.

Diante dessas informações, Aras determinou o arquivamento do caso. “A abertura de investigação demanda um suporte mínimo, que se refere à verossimilhança dos fatos supostamente ilícitos apontados e à probabilidade de que haja meios eficazes de apuração, o que não ocorreu no presente caso”, escreveu o procurador-geral.

Em dezembro, Aras já havia arquivado outra investigação preliminar que iria apurar se Guedes cometeu alguma irregularidade na manutenção da offshore. O procurador-geral opinou que, como o patrimônio no exterior havia sido informado às autoridades brasileiras, não havia indícios de crimes no caso.

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