CartaExpressa
Toffoli dá 5 dias para o governo Bolsonaro se manifestar sobre aumento de 15,5% nos planos de saúde
No âmbito de uma ação protocolada pela Rede, o ministro fixou o mesmo prazo para avaliação da PGR


O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu o prazo de cinco dias para o governo de Jair Bolsonaro se manifestar, por meio da Advocacia-Geral da União, sobre a decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar de validar um reajuste de 15,5% nos planos de saúde individuais e familiares.
No âmbito de uma ação protocolada pela Rede Sustentabilidade, Toffoli também fixou o mesmo prazo para manifestação da Procuradoria-Geral da República.
O aumento, aprovado pela ANS na semana passada, é o maior da série histórica, iniciada em 2000. Ao acionar o STF, a Rede afirmou considerar a política de reajuste ‘abusiva’ e ‘alheia à percepção de retração da capacidade econômica’ da população, agravada pela pandemia. Ainda criticou o fato de o anúncio contar com o aval do presidente Jair Bolsonaro.
“Até quando os brasileiros terão de aguentar o peso majoradíssimo dessa inflação específica da saúde?”, questiona o partido na ação. “Em um cenário em que a renda média da população está diminuindo, daqui a pouco, todos os brasileiros precisarão trabalhar só para pagar planos de saúde, ou, mais provavelmente, abandonarão a proteção privada à saúde, sobrecarregando ainda mais o, infelizmente, já cambaleante SUS.”
A decisão de Toffoli foi assinada na quinta-feira 2 e publicada nesta sexta-feira 3.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.