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Após 4 anos do assassinato de Marielle, MP do Rio ouve novas testemunhas
Em nova etapa da investigação, a Polícia analisará novos documentos e imagens da época do crime
O Ministério Público do Rio de Janeiro iniciou uma nova fase das investigações sobre as mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, que completam 4 anos nesta segunda-feira 14.
O órgão interrogou pessoas da família e auxiliares da vereadora. Também foram repassados pela Polícia Civil cerca de 1300 imagens do caso, que incluem câmeras de seguranças da região.
O MP ainda precisa analisar materiais apreendidos na casa da Ronnie Lessa, que só foram repassados pela Polícia na última terça-feira 8. Entre os itens estão notebooks, cartões de memórias e celulares apreendidos na época do crime.
Informações enviadas pelo Google também já estão em posse do MP.
As investigações já concluíram que o policial reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz foram os executores dos assassinatos. A dupla está presa há três anos e aguarda data para o julgamento. A Polícia agora investiga quem teria sido o mandante do crime.
Segundo o coordenador do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MP-RJ), Bruno Gangoni, a hipótese de crime político só poderá ser confirmada após a confirmação de um mandante.
Uma hipótese antiga também voltou à tona. A Polícia agora apura a possibilidade de que os executores tenham trocado de carro durante a ação para dar sequência à fuga.
Nesta segunda-feira, familiares e amigos da vereadora e do motorista fizeram um ato na frente da Câmara Municipal para cobrar uma solução definitiva do caso.
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