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Biden pede apoio ao direito ao aborto no aniversário de decisão histórica

Defensores do direito ao aborto temem que a atual Suprema Corte, composta por três juízes conservadores, limite ou elimine esse direito

Manifestantes em protesto pelo direito ao aborto nos Estados Unidos. Foto: Alex Edelman / AFP
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O presidente Joe Biden marcou o 49º aniversário da decisão histórica da Suprema Corte que legalizou o aborto nos Estados Unidos ao pedir novamente que esse direito seja consagrado na lei federal.

“O direito constitucional estabelecido em Roe v. Wade há quase 50 anos está hoje sob ataque como nunca antes”, disse Biden neste sábado (22) em um comunicado também assinado pela vice-presidente Kamala Harris.

“É um direito que acreditamos que deve ser codificado em lei, e estamos comprometidos em defendê-lo com todas as ferramentas que temos”, disse o comunicado.

O direito constitucional estabelecido na decisão da Suprema Corte de 1973 está sob constante ameaça. Vários estados liderados por republicanos adotaram regras que tornam cada vez mais difícil para as mulheres fazerem abortos.

“Nos últimos anos, vimos os esforços para restringir o acesso aos cuidados de saúde reprodutiva aumentarem a um ritmo alarmante”, disse o comunicado de Biden-Harris, citando leis recentes no Texas, Mississippi e outros estados.

Defensores do direito ao aborto temem que a atual Suprema Corte, composta por três juízes conservadores nomeados pelo ex-presidente Donald Trump, entre outros, limite ou elimine esse direito.

Em Washington, milhares de ativistas antiaborto participaram de um encontro anual na sexta-feira.

“Nos próximos meses, prevemos uma decisão extraordinária da Suprema Corte”, disse Julia Letlow, uma congressista republicana da Louisiana.

A capacidade de um presidente afetar a lei é limitada, mas o Congresso tem o poder de aprovar leis que forneçam alguma proteção aos direitos ao aborto.

“Devemos garantir que nossas filhas e netas tenham os mesmos direitos fundamentais pelos quais suas mães e avós lutaram e conquistaram neste dia, há 49 anos”, acrescentou o comunicado da Casa Branca.

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