Justiça

‘Moro tem as mãos sujas de sangue na pandemia’, diz coordenador do Prerrogativas

O advogado reagiu aos ataques do ex-juiz, que acusou o coletivo de trabalhar ‘pela impunidade de corruptos’

‘Moro tem as mãos sujas de sangue na pandemia’, diz coordenador do Prerrogativas
‘Moro tem as mãos sujas de sangue na pandemia’, diz coordenador do Prerrogativas
Marco Aurélio de Carvalho e Sergio Moro. Fotos: Divulgação/Prerrogativas e Nelson Almeida/AFP
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O advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas, reagiu nesta sexta-feira 14 aos ataques do ex-juiz e pré-candidato à Presidência pelo Podemos, Sergio Moro.

A CartaCapital, Carvalho declarou que Moro deveria “prestar contas dos crimes que cometeu à frente da Lava Jato“, além de ter envergonhado “a toga e a magistratura e comprometido a credibilidade do nosso sistema de Justiça”.

“Ele não só desonrou a toga. Quando ele passou a servir, na condição de ministro da Justiça, ao presidente que ajudou a eleger, ele sujou as mãos de sangue. E tem responsabilidade direta em cada uma das 630 mil mortes que o Brasil chora hoje por causa das ações e omissões criminosas desse governo no combate à pandemia”, acrescentou o advogado, que reforçou o convite a Moro para um debate, embora duvide de que o ex-juiz tenha “coragem e espírito público” para aceitar.

Pelas redes sociais, Moro rejeitou participar do debate.

“Vejo que o clube dos advogados pela impunidade quer debater. Desculpem, mas este é um clube do qual não quero participar. Mas debato com o chefe de vocês, o Lula, a qualquer hora, sobre o mensalão e o petrolão”, escreveu o ex-juiz.

Em entrevista à Veja publicada nesta sexta, Moro acusa o Prerrogativas de trabalhar “pela impunidade de corruptos”. Segundo o ex-magistrado, declarado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal em processos contra o ex-presidente Lula (PT), “esses mesmos advogados se arvoram de alguma espécie de ética, de alguma espécie de superioridade moral em relação ao Ministério Público e em relação aos juízes que participaram desses casos, mas, no fundo, a vergonha está neles”.

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