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Antes de fechar com PL, Bolsonaro define planos para Tarcísio em 2022

O presidente tenta alocar indicações ao Senado para não desagradar outros aliados do Centrão

Antes de fechar com PL, Bolsonaro define planos para Tarcísio em 2022
Antes de fechar com PL, Bolsonaro define planos para Tarcísio em 2022
Foto: Alan Santos/PR
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Prestes a se filiar ao PL, o presidente Jair Bolsonaro tenta realocar indicações de apadrinhados políticos em 2022.

De acordo com o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, para não provocar brigas partidárias, o ex-capitão desistiu de lançar o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ao governo de São Paulo e deve apadrinhar o político para concorrer ao Senado por Goiás.

O acordo teria sido fechado na última conversa com Valdemar Costa Neto, na quarta-feira 10, quando o presidente disse estar ‘99,9% certo’ com a legenda, faltando apenas o acerto do nome para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. O nome escolhido por Bolsonaro e Costa Neto para concorrer ao governo paulista ainda não foi divulgado.

A decisão de realocar Tarcísio em Goiás, contudo, pode causar outro problema para Bolsonaro. O PP de Ciro Nogueira, atual chefe da Casa Civil, pretende lançar Alexandre Baldy como candidato próprio no estado. Baldy foi ministro das Cidades do governo Michel Temer (MDB) e também secretário de João Doria até outubro deste ano. A alternativa, neste caso, seria lançar Tarcísio pelo PL no Mato Grosso.

De olho em 2022, Tarcísio tem sido um dos ministros mais elogiados publicamente por Jair. O ex-capitão constantemente cita as obras da pasta comandada pelo aliado como exemplo de um suposto ‘sucesso’ do seu governo. Bolsonaro também menciona o apadrinhado em comparações com governos anteriores.

O acerto pela ‘vaga’ de Tarcísio busca concretizar o plano público de Bolsonaro ‘focar no Senado’, onde o presidente pretende formar uma grande bancada para reduzir as dificuldades que tem encontrado para aprovar seus projetos.

Outra indicação chave revelada pelo site é a de Romário, no Rio de Janeiro. O ex-jogador deve ter o apoio do presidente para concorrer à reeleição no Senado pelo PL. Ao governo, Cláudio Castro, que substituiu Wilson Witzel após o impeachment, terá o apoio do presidente. O atual governador se filiou recentemente ao PL.

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