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Ciro suspende pré-candidatura após voto do PDT na PEC dos Precatórios

‘Não podemos compactuar com a farsa e os erros bolsonaristas’, explicou o pedetista em nota

Foto: José Cruz/Agência Brasil 'Temos uma liderança, Ciro Gomes, que já desponta nas pesquisas presidenciais como um dos adversários mais competitivos do atual presidente'. Foto: José Cruz/Agência Brasil
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O pedetista Ciro Gomes (PDT) anunciou nesta quinta-feira 4 a suspensão da sua pré-candidatura até que a bancada do seu partido na Câmara dos Deputados reavalie a posição de apoiar a PEC dos Precatórios, aprovada em 1º turno na quarta-feira com votos favoráveis de parte substantiva da legenda.

“Há momentos em que a vida nos traz surpresas fortemente negativas e nos coloca graves desafios. É o que sinto, neste momento, ao deparar-me com a decisão de parte substantiva da bancada do PDT de apoiar a famigerada PEC dos Precatórios. Só me resta um caminho: deixar a minha pré-candidatura em suspenso até que a bancada do meu partido reavalie sua posição”, escreveu nas redes sociais.

Ciro lamentou a decisão de integrantes da sigla de apoiarem o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na votação da proposta que é a nova obsessão de do presidente Jair Bolsonaro. O pedetista destacou, no entanto, que ainda é possível reverter a decisão no segundo turno da votação.

“Temos um instrumento definitivo nas mãos, que é a votação em segundo turno, para reverter a decisão e voltarmos ao rumo certo. Não podemos compactuar com a farsa e os erros bolsonaristas”, acrescentou.

Ao fim, Ciro ainda explicou o porquê considera errada a decisão dos parlamentares que apoiaram a proposta.

“Justiça social e defesa dos mais pobres não podem ser confundidas com corrupção, clientelismo grosseiro, erros administrativos graves, desvios de verbas, calotes, quebra de contratos e com abalos ao arcabouço constitucional”, finalizou.

Em nota, o presidente do PDT, Carlos Lupi, informou que irá ingressar com uma ação no Supremo Tribunal Federal contra a ‘manobra’ de Lira que autorizou que parlamentares votassem remotamente na proposta.

“Cumpre informar aos estimados companheiros que estou dando entrada agora, na parte da manhã, com uma ação no STF, contra a autorização do Presidente da Câmara Arthur Lira de autorizar a 23 parlamentares, em viagem, que votassem remotamente na PEC dos Precatórios, um cheque em branco que a Câmara deu ao sr. Lira e ao profeta da Ignorância”, afirmou Lupi.

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