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Caminhoneiros que transportam combustível param em 6 Estados nesta quinta

Como se trata de movimento organizado por empresas, a paralisação é considerada como lockout, não como greve

Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas
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Caminhoneiros de empresas transportadoras de combustíveis decidiram paralisar as atividades a partir da meia noite desta quinta-feira 21. O movimento faz parte de um protesto organizado por sindicatos e associações de empresários do ramo. A informação é do site Poder360.

O movimento, segundo os organizadores, pede a redução de preço do diesel, do gás de cozinha e da gasolina. Seis estados devem participar da paralisação: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás e parte da Bahia.

De acordo com os empresários, o Rio de Janeiro deve ser o foco principal das paralisações com cerca de 1.500 caminhões tanques de 300 empresas do setor. Em São Paulo, caminhões ficarão concentrados no Porto de Santos e em frente a Refinaria de Paulínea.

Como se trata de movimento organizado por empresas, a paralisação não é considerada uma greve, mas sim um lockout.

“As empresas estão com acumulando prejuízos e falindo, e os preços dos alimentos continuam aumentando por causa do encarecimento do transporte”, explica Ailton Gomes, um dos empresários que lideram o protesto no RJ, ao site.

O movimento não conta com a participação de associações e sindicatos de trabalhadores que, por enquanto, atuam para organizar uma greve no dia 1º de novembro. Para Wallace Landin, presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores, “o ideal era que todos os segmentos se unissem e falassem a mesma língua”.

Organizadores da greve do dia 1º de novembro estimam que a paralisação deve atingir mais de 70% do setor. Entre as bandeiras estão a mudança de política de preços da Petrobras e a retomada da tabela de preço mínimo de frete. Outros pedidos como a retomada da aposentadoria especial também farão parte dos protestos.

Segundo os caminhoneiros, que aguardam uma resposta prática do governo federal para a redução de preços do óleo diesel, há riscos de desabastecimento para os últimos meses do ano caso a política de preços siga em vigência. Também está no radar da categoria um novo aumento no valor do combustível.

A nova alta, segundo Landin, está relacionada a cortes nas remessas de gasolina e diesel pela Petrobras às distribuidoras. A importação de combustíveis, que pode ser necessária com os cortes, tende a provocar um aumento de 0,60 centavos no preço do litro de diesel, de acordo com o presidente da associação.

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