CartaExpressa
Dino prevê ‘fracasso’ da estratégia de Ciro: ‘Ideia de troca de torcida não vai funcionar’
Segundo o governador do Maranhão, o pedetista ‘pode dizer o que quiser, mas sempre será visto como do nosso campo’
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), avalia que a estratégia adotada por Ciro Gomes, provável candidato à Presidência pelo PDT, tem poucas chances de funcionar. Dino vê obstáculos na busca de Ciro por se aproximar da centro-direita.
“É uma tentativa eleitoral que fracassará. O Ciro pode dizer o que quiser, ele sempre será visto como do nosso campo. Essa ideia de troca de torcida não vai funcionar. Ele foi ministro do Lula, foi contra o impeachment. O Ciro de 2018 não era à direita”, disse o governador maranhense em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
Ao analisar o caminho do ex-presidente Lula até as eleições de 2022, Dino afirmou que quanto mais ‘centrista’ for o petista, melhor.
“O Lula deve sinalizar para mediações, porque o risco que o Brasil corre é muito alto. O Bolsonaro é golpista. Tentou um golpe em setembro e tentará outro. Como a chave dominante na eleição vai ser a questão social, diferente da de 2018, creio ser possível que pessoas que são conservadoras em outros âmbitos da vida venham a considerar que o governo Lula trará mais estabilidade e uma equação melhor da temática social”, declarou.
Dino também confirmou que, neste momento, “a tendência mais forte” é de que o PSB apoie a candidatura de Lula ao Planalto. Mas a confirmação só virá após “um processo progressivo de construção de consenso” que deve se concluir em abril de 2022.
Relacionadas
CartaExpressa
Cotado para vice de Ricardo Nunes, Aldo Rebelo troca o PDT pelo MDB
Por CartaCapitalCartaExpressa
Governo inaugura nova fábrica da Hemobras em Pernambuco, com foco em biotecnologia
Por CartaCapitalCartaExpressa
Banqueiros não precisam do Estado, mas exigem superávit primário, ironiza Lula
Por CartaCapitalCartaExpressa
Militar alvo da PF por trama golpista pede a Moraes novo depoimento
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.