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Cármen Lúcia critica ‘traidores da Constituição’ e defende urnas: ‘A quem interessa o caos?’
A ministra do STF também declarou que não é possível ‘admitir traidores da história brasileira’


A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, fez nesta segunda-feira 23 uma enfática defesa do sistema eleitoral brasileiro e afirmou que o País não tem “vocação para a tirania”.
Ela não mencionou diretamente o presidente Jair Bolsonaro, que elevou nos últimos dias a ofensiva contra o STF e divulga sistematicamente fake news sobre as eleições no Brasil.
Em palestra, a ministra do STF ressaltou que “as urnas eletrônicas são confiáveis e confiadas pelo cidadão brasileiro”.
“Quem planta contra tem que, pelo menos, ter uma pergunta: a quem interessa o caos, a quem interessa a desinformação, a quem interessa a ausência de liberdade ao ser humano?”, prosseguiu.
Cármen Lúcia também declarou que não é possível “admitir traidores da Constituição, que são traidores da história brasileira do presente e, principalmente, do futuro”.
“Os limites são postos pela Constituição. Compete ao Poder Judiciário e, em última instância, ao Supremo, como última palavra, fazer cumprir a Constituição. Ou, nas palavras exatas, guardar a Constituição. Isso estamos fazendo, e por isso várias vezes estamos sendo ameaçados, xingados”, completou.
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