Joice afirma ter encontrado objeto suspeito em apartamento: ‘Não era cortante, nem uma arma’

A deputada federal Joice Hasselmann afirmou, nesta segunda-feira 26, que entregou à Polícia um objeto que encontrou em seu apartamento funcional em Brasília. “Um objeto que não pertence a ninguém da minha casa, estava lá, e não estava sujo de sangue”, disse a parlamentar, sem especificar o que foi encontrado.

Hasselmann afirmou apenas que o material não era cortante, e nem uma arma. Disse ainda que a peça encontrada foi recolhida por agentes para investigação.

As declarações foram feitas após ela comparecer para prestar depoimento sobre o caso à 2ª Delegacia da Polícia Civil, na Asa Norte, em Brasília. O caso é investigado pela Polícia Civil de Brasília, São Paulo, pelo Departamento de Polícia Legislativa e pelo Ministério Público.

Na saída da delegacia, a parlamentar afirmou ter aberto um boletim de ocorrência contra o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) por insinuar que Joice teria feito uso de entorpecentes durante uma live. Ao ser questionado pro uma usuária sobre o caso, respondeu:

“Aquilo ali, das duas uma: ou duas de quinhentos [o senador fez um gesto com as mãos, imitando, chifres] ou uma carreira muito grande [ele inspira forte, fazendo analogia ao uso de cocaína]. Aí ficou doida e pronto… saiu batendo em casa”, disse.

“Não vou aceitar canalhas como ele ou qualquer outro fazendo qualquer tipo de ilação”, rebateu Joice, que também comentou sobre os motivos pelo quais não procurou a Polícia Federal. “Quero deixar claro meu respeito à instituição Polícia Federal, mas não confio no governo e na interferência que ele é capaz de fazer, assim como já fez”.

A deputada afirma que, na madrugada de 18 de julho, acordou com marcas de sangue no chão do apartamento onde mora, na capital, mas não lembra do que ocorreu. Ela percebeu que estava com dois dentes quebrados e um corte no queixo. Um hospital de Brasília constatou que Joice também teve cinco fraturas no rosto e na costela.

A parlamentar falou em suspeitas sobre políticos apoiadores de Bolsonaro, sem oferecer detalhes. “Tudo está sob sigilo, estamos tratando de uma coisa que pode envolver outros políticos. Há um desespero por parte de várias pessoas de fazer colar uma narrativa sobre o meu caso e isso faz com que minhas suspeitas afunilem pro lado político. Todo mundo sabe que sou desafeto do Palácio do Planalto.”