CartaExpressa
Após Petrobras, Bolsonaro promete intervir na energia elétrica
‘Assim como diziam que queriam me derrubar na pandemia fechando tudo, agora resolveram atacar na energia’, afirmou
Após indicar um novo comandante para a Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro prometeu “meter o dedo na energia elétrica”.
“Assim como diziam que queriam me derrubar na pandemia fechando tudo, agora resolveram atacar na energia. Vamos meter o dedo na energia elétrica, que é outro problema também”, disse no sábado 20 ao chegar ao Palácio da Alvorada.
Ao participar da formatura de 419 alunos na Escola Preparatória de Cadetes do Exército em Campinas (SP), Bolsonaro afirmou que haverá novas mudanças na próxima semana.
“Se a imprensa está preocupada com a troca de ontem, semana que vem teremos mais. O que não falta para mim é coragem para decidir, pensando no bem maior para nossa nação”, disse.
Bolsonaro voltou a criticar o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.
“Parecia exorcismo quando eu falei que não ia prorrogar por mais dois anos o mandato do cara [Castello Branco] lá. Compromisso zero com o Brasil. Nunca ajudaram em nada. Não é aumentando preço de acordo com o petróleo lá fora e o dólar aqui dentro. É mais do que isso. A preocupação é ganhar dinheiro em cima do povo. Não justifica 32% de reajuste no diesel no corrente ano. Ninguém esperava essa covardia desse reajuste agora. Ninguém quer interferir, assim como não interferi na Petrobras, mas estão abusando”, afirmou.
Em entrevista ao Valor Econômico, o indicado por Bolsonaro para a vaga, o general Joaquim Silva e Luna, disse que a empresa tem que enxergar as questões sociais, quando questionado sobre as queixas dos caminhoneiros sobre o preço do diesel.
Relacionadas
CartaExpressa
Comandante do Exército prepara viagem à China
Por CartaCapitalCartaExpressa
STF envia à Justiça Eleitoral investigação contra Ricardo Coutinho, ex-governador da Paraíba
Por CartaCapitalCartaExpressa
Moraes atende PGR e manda a PF aprofundar investigações contra Monark
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.