Política

Governo vai comprar as vacinas certificadas pela Anvisa, diz Bolsonaro

Presidente disse que governo vai disponibilizar os imunizantes, mas vacinação não será obrigatória

Governo vai comprar as vacinas certificadas pela Anvisa, diz Bolsonaro
Governo vai comprar as vacinas certificadas pela Anvisa, diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro, ao lado da candidata a prefeita de Recife pelo Podemos, Delegada Patrícia. Foto: Reprodução/Facebook
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo federal vai comprar vacinas que forem aprovadas pelo Ministério da Saúde e certificadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas acrescentou que a população não será obrigada a se submeter aos imunizantes contra a Covid-19. A declaração ocorreu nesta segunda-feira 9, durante transmissão ao vivo na internet.

Na ocasião do comentário, Bolsonaro fazia propagandas eleitorais para candidatos a prefeito e vereador em capitais e cidades do interior. O presidente estava ao lado da candidata a prefeita de Recife pelo partido Podemos, Delegada Patrícia, e havia perguntado se ela defende a obrigatoriedade da vacinação, o que a candidata negou.

“Passando pela Saúde e sendo certificadas pela Anvisa, o governo federal vai comprar as vacinas e vai disponibilizar”, disse Bolsonaro. “Mas não vai ser obrigatória de jeito nenhum.”

Bolsonaro faz o comentário no mesmo dia em que o governador João Doria (PSDB) anunciou a chegada de 120 mil doses da vacina chinesa desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em 20 de novembro. O presidente havia se manifestado de forma contrária à compra da vacina chinesa e, em outubro, chegou a desautorizar o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a efetuar a compra das doses. Em seguida, o próprio vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que é “lógico” que o governo vai comprar a vacina.

Também está em vista a vacina inglesa desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), serão entregues à Anvisa neste mês os documentos para a avaliação das etapas de produção. Dessa maneira, a instituição prevê começar a produção da vacina em janeiro e antecipar ao menos 30 milhões de doses até o fim de fevereiro.

A vacina russa Sputnik V também pode ser registrada pela Anvisa. Em 30 de outubro, o Fundo de Investimento Direto da Rússia (RDIF) anunciou que encaminhou um pedido de registro para a Anvisa, junto com a farmacêutica brasileira União Química e o governo do Estado do Paraná. A Rússia espera produzir a vacina em larga escala no Brasil já no mês de dezembro.

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